quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Entre linhas...

Continuo hoje com republicações de textos antigos. Esses dois foram publicados, no meu antigo blog, em 16 de março de 2008 e 27 de junho de 2008 respectivamente. Eles falam sobre a minha paixão/necessidade de escrever.




Desejo de ser poeta
Ah como eu queria conseguir expressar tudo o que sinto através das palavras. Transformar em poesia a novela que é a minha vida. Os meus desejos, os meus sonhos, as minhas dúvidas e os meus medos ganhariam forma, a forma da palavra. E ficariam escritas em algum lugar para sempre. Prontas para serem decifradas por alguém. Ahhhhhhhhhhh que vontade de escrever, de encontrar as palavras certas. Que vontade de ser poeta!!




Escrever é mais do que um prazer para mim. É uma necessidade. É algo que vem de dentro mesmo, algo que quer sair, desabrochar, ganhar vida, ganhar a forma de palavras. Se eu fosse Nietzsche diria que é dionísio tentando virar apolo. O caos tentando virar ordem. O informe buscando a fôrma perfeita ao qual ele se encaixe. É meio que uma terapia. Me acalma. Me tranquiliza. Como se organizasse os meus sentimentos, para que eu possa enxergá-los melhor e, talvez, compreendê-los. Meus textos são extensões dos meus pensamentos, dos meus sentimentos. Não têm ordem certa. Não estão separados por parágrafos. Não seguem as regras da língua culta. Eles seguem as suas próprias regras e vontades. Penso e escrevo. Sem medo, sem reservas. Me revelo. Me entrego. Me exponho por inteiro. Não me preocupo se estou escrevendo bem ou se as pessoas vão gostar do que eu digo ou da forma como eu escrevo. É algo meio egoísta mesmo. Narcisista talvez. Eu e eu mesma. Eu e os meus sentimentos. Se as pessoas gostarem que bom. Se não, eu não me importo, não foi para elas que eu escrevi. Foi para mim mesma. Como se fosse uma conversa íntima e particular, mas ao mesmo tempo totalmente pública já que coloco meus textos aqui no blog. Enfim, complexo e contraditório assim como eu. Assim como todos nós.


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