sábado, 30 de agosto de 2008

Baile de Máscaras

Qual a sua verdadeira face? O que está por trás de todas essas máscaras? Por que se enconder atrás delas? Qual o seu verdadeiro eu? Quem é você de verdade? Por que fingir ser quem você não é? Você se engana quando acha que está seguro atrás delas. Elas lhe impedem de viver. De ser feliz. As suas máscaras estão felizes, mas...e você? Como está? Essa é realmente a vida que você escolheu para viver? Será que você não percebe que todas essas máscaras impedem que as pessoas te amem? Pois como amar o que não se conhece? Não, você não está seguro. Você está preso em um mundo onde nada é real.



terça-feira, 26 de agosto de 2008

É só por um tempo...

É aqui. Eu não queria fazer isso, você sabe, mas vai ser melhor assim. Melhor para você. Melhor para mim. Assim não nos machucaremos mais. Aqui você estará protegido de todos aqueles que insistem em te ferir. Aqui você também não poderá me enganar, pois eu não ouvirei a sua voz. Eu sei que é difícil. Também está doendo em mim. Mas é necessário. Eu prometo que volto para te buscar. É só por um tempo. É só por um tempo.

domingo, 24 de agosto de 2008

Silêncio

Falar sobre o silêncio é uma das idéias mais loucas. O silêncio é mudo. Nada mais é do que a ausência de som.
Ausência. A presença mais incômoda.
Falar sobre o silêncio, que absurdo! Fiquemos em silêncio e pronto! Tudo já estará dito. Ou não. Na verdade, tudo estará escondido nas milhares de possibilidades que pode significar um silêncio.
O silêncio diz muito mais que mil palavras. Daí a dificuldade de compreendê-lo. Ele pode ser tantas coisas...
Às vezes não há pior resposta que o silêncio. O silêncio que confude. O silêncio que não aponta o caminho certo e nos deixa perdidos.
Uma palavrinha é só o que eu peço. E nada mais.

sábado, 23 de agosto de 2008

Homens e Mulheres


Sim.Somos diferentes. E muito. E essa diferença nos leva, muitas vezes, a uma incompreensão mútua. Entender-nos é complicado. O modo de pensar e agir é totalmente diferente. As mulheres amadurecem muito mais rápido, o que já foi comprovado, por isso elas sofrem muito mais, pois acabam se apaixonando por meninos que ainda não estão prontos para amar. Eles não tem idéia de como tratar uma mulher. É uma pena. É tão fácil fazer uma mulher feliz, mas eles não sabem disso. Desejamos homens ao nosso lado, mas só nos aparecem filhos em busca de novas mães. Queremos ser mães sim, mas dos nossos próprios filhos. O que há de tão interessante na Terra do Nunca? Será que o medo impede-os de deixarem de ser Peter-Pan? Perguntas sem respostas... Por enquanto, continuamos esperando que algum dos garotos perdidos tenha finalmente encontrado o caminho para o mundo real.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Entre linhas...

Continuo hoje com republicações de textos antigos. Esses dois foram publicados, no meu antigo blog, em 16 de março de 2008 e 27 de junho de 2008 respectivamente. Eles falam sobre a minha paixão/necessidade de escrever.




Desejo de ser poeta
Ah como eu queria conseguir expressar tudo o que sinto através das palavras. Transformar em poesia a novela que é a minha vida. Os meus desejos, os meus sonhos, as minhas dúvidas e os meus medos ganhariam forma, a forma da palavra. E ficariam escritas em algum lugar para sempre. Prontas para serem decifradas por alguém. Ahhhhhhhhhhh que vontade de escrever, de encontrar as palavras certas. Que vontade de ser poeta!!




Escrever é mais do que um prazer para mim. É uma necessidade. É algo que vem de dentro mesmo, algo que quer sair, desabrochar, ganhar vida, ganhar a forma de palavras. Se eu fosse Nietzsche diria que é dionísio tentando virar apolo. O caos tentando virar ordem. O informe buscando a fôrma perfeita ao qual ele se encaixe. É meio que uma terapia. Me acalma. Me tranquiliza. Como se organizasse os meus sentimentos, para que eu possa enxergá-los melhor e, talvez, compreendê-los. Meus textos são extensões dos meus pensamentos, dos meus sentimentos. Não têm ordem certa. Não estão separados por parágrafos. Não seguem as regras da língua culta. Eles seguem as suas próprias regras e vontades. Penso e escrevo. Sem medo, sem reservas. Me revelo. Me entrego. Me exponho por inteiro. Não me preocupo se estou escrevendo bem ou se as pessoas vão gostar do que eu digo ou da forma como eu escrevo. É algo meio egoísta mesmo. Narcisista talvez. Eu e eu mesma. Eu e os meus sentimentos. Se as pessoas gostarem que bom. Se não, eu não me importo, não foi para elas que eu escrevi. Foi para mim mesma. Como se fosse uma conversa íntima e particular, mas ao mesmo tempo totalmente pública já que coloco meus textos aqui no blog. Enfim, complexo e contraditório assim como eu. Assim como todos nós.


domingo, 17 de agosto de 2008

Recomeço

Mudanças... Sempre elas.
Começar de novo.
Mais uma vez.

2005 foi um ano de muitas mudanças em minha vida. Mudanças radicais. Foi o ano em que eu perdi o que eu achava que era o maior amor da minha vida, mas foi o ano em que eu encontrei Aquele que realmente o era. Nesse momento, um hábito antigo, mas secreto, virou uma necessidade e tornou-se público: o hábito de escrever. Sempre gostei de escrever o que eu sinto, mas até então os meus escritos ficavam restritos aos meus diários... Mas nesse ano uma loucura passou pela minha cabeça: dizer ao mundo o que penso. E foi assim que nasceu o blog. Não sou escritora. Meus textos são só uma mutação dos meus sentimentos em palavras. Com o fim do weblogger, tive que pegar a minha malinha e procurar um outro lugar para hospedar os meus devaneios literários. E aqui estou eu. Começando outra vez. E começo voltando ao passado, ao primeiro texto que publiquei no meu blog em 27 de maio de 2005. Ele meio que explica o porquê de tudo isso. Olha ele aí:


Eu e eu mesma (sem Irene!)

... (silêncio)
- Ai meu Deus! E agora o que é que eu escrevo?
- Sei lá. Você que inventou de fazer um blog agora se vire.
- Mas eu não sei por onde começo.
- Comece pelo começo, ora bolas!
- Mas O QUE É O COMEÇO?
- Hum... Deixe-me pensar... Ah! Já sei! Comece explicando por que você decidiu escrever um blog e até onde você pretende chegar com essa idéia maluca.
- Então tá. É... Bem... Eu decidi escrever um blog depois que eu conheci um blog chamado "Garotas que Dizem Ni" (Ma-ra-vi-lho-so! Quem quiser conferir é só acessar www.garotasquedizemni.com , se duvidar até vocês vão querer criar um blog depois de darem uma olhadinha.) Antes eu achava que blog era só aqueles diários onde as menininhas ficavam escrevendo "hoje eu fiz isso, ontem eu fiz aquilo" (um saco!). Mas lá eu vi que um blog pode ser uma coisa bem interessante. Eu me identifiquei muito com os temas e pela forma descontraída com que os textos são escritos. Eu também pensava muito daquelas coisas e pensava que um daqueles textos poderia ter sido escrito por mim (não com tanta perfeição até porque escrever nunca foi o meu forte.). Mas eu decidi arriscar, experimentar (já que a minha vida atualmente parece uma montanha russa de tantas mudanças gingantescas por que não experimentar mais uma?) Onde tudo isso vai dar eu não sei, mas quero que esse blog seja um espaço de reflexão - desde política até desenhos animados. Quero expor o que eu penso sobre as coisas, sobre a vida e espero que as minhas idéias interessem para alguém. Espero que aqui seja um lugar onde as pessoas me conheçam melhor. É, acho que resumindo é isso.
- É já dá para as pessoas terem alguma idéia. Agora só falta escolher o nome.
- Como assim nome? Que nome? Nome de que?
- Ora, do blog!
- E blog tem que ter nome?
- É óbvio!
- E não pode ser o meu nome?
- Não, muito egocêntrico.
- Ai e agora? Eu não tinha pensado nisso, onde é que eu vou arranjar um nome?
- Bem, geralmente as pessoas escolhem o nome do blog em algum trecho de música, poesia, filme...
- Ah! tenho uma idéia: "Guardadora de Rebanhos"
- É o quê? Ficou louca de vez? Que raios quer dizer "Guardadora de rebanhos"? De onde você tirou isso? Virou pastora de fazenda foi?
- Não é nada disso. Vi esse nome em um poema do Fernando pessoa que uma amiga minha tá ensaiando em uma disciplina na faculdade.
- Sei. Mas, e daí?
- Daí que é um texto muito legal.
- E como é que as pessoas vão entender o significado?
- Só se eu colocar o texto aqui. É isso! Assim elas vão entender.
- É, acho uma boa idéia. Bem, agora preciso te contar um coisa.
- Que coisa?
- Você nem percebeu, mas acabou de escrever o seu primeiro texto do blog.
- Ahn? É verdade. E eu que nem sabia o que escrever. Fui falando, falando... Agora estou aqui com o meu primeiro texto pronto.
- Tomara que seja o primeiro de muitos. E que Deus te (nos) ajude nessa viagem. Agora vamos?
- Vamos. E até breve pessoal.
Bjinho!
;-)

Guardador de Rebanhos
Autor: Fernando Pessoa
IX
Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.